sábado, 30 de junho de 2012

Opinião: Os "Vingadores"


Avaliação:



Título original: The Avengers
Gênero: Ação, aventura
Ano de lançamento: 2012
Direção: Joss Whedon
Elenco: Robert Downey Jr.
            Chris Evans
            Chris Hemsworth
            Mark Ruffalo
            Samuel L. Jackson
            Jeremy Renner
            Scarlett Johansson

      Joss Whedon tinha uma carreira sólida na TV. Foi o criador de duas séries de sucesso: "Buffy - A Caça-Vampiros" e "Angel", também sobre sugadores de sangue. Seu único filme até hoje tinha sido "Serenity", de 2005, além de assinar alguns roteiros. Mas certamente seu trabalho mais marcante é esse "Os Vingadores", filme que catapultou seu nome entre os grandes de Hollywood.
      O filme já começa com uma vertiginosa cena de ação, onde Loki chega à Terra em busca do Tesseract, um artefato poderoso capaz de abrir um portal para outra galáxia. Ele rouba o artefato da sede da S.H.I.E.L.D. (agência secreta do governo norte-americano), hipnotiza o Gavião Arqueiro e parte em busca de concretizar seu plano: usar o Tesseract para trazer um poderoso exército intergálactico para a Terra, para dominá-la. Desesperado, o líder da S.H.I.E.L.D, Nick Fury (Samuel L. Jackson), convoca os principais heróis da Terra: Hulk, Capitão América, Homem-de-Ferro, Thor e Viúva Negra.
      Quem acompanhou as séries criadas por Joss Whedon sabe que o humor está presente em praticamente todas as cenas. E nesse filme não é diferente. Cada cena é repleta de bom humor, aliviando um pouco a tensão dos acontecimentos. Robert Downey Jr. rouba todas as cenas em que aparece, cheio de ironia e respostas rápidas. Mas os outros não ficam muito longe. Um diálogo entre Thor e a Viúva Negra é possivelmente um dos mais engraçados do filme:
- Ele é meu irmão - diz Thor.
- Ele matou oitenta pessoas em dois dias - responde a Viúva Negra.
- Ele é adotado - rebate Thor.
      Mas o melhor fica por conta da luta entre Hulk e Loki. Quem assistir saberá do que estou falando.
      Muitos reclamam que não houve tempo para o desenvolvimento dos personagens. Mas há a defesa de que "Os Vingadores" é  a continuação dos filmes solo de cada herói principal do grupo. Todos no filme têm sua importância, não sendo deixados de lado nem o gavião Arqueiro nem a Viúva Negra, os únicos heróis que não tiveram filmes exclusivos.
      Há elementos importantes de cada filme inserido em "Os Vingadores". O vilão vem do filme de "Thor", e o artefato procurado por ele vem do filme do "Capitão América". Mas não há a obrigação de se assistir os filmes anteriores para entender esse filme, por conta da trama simples e bem mastigada.
      Os aspectos técnicos do filme são irrepreensíveis. Os efeitos visuais são grandiosos, de tirar o fôlego. As cenas são muito bem filmadas, nos deixando acompanhar tudo o que acontece na tela. A montagem não é frenética, como em alguns filmes atuais (cof, cof, Transformers), nos permitindo visualizar os detalhes e a grandiosidade de cada cena.
      "Os Vingadores" tem um ritmo envolvente, não se tornando monótono em momento algum. As cenas mais paradas têm a duração certa para dar uma quebrada na ação, mas sem deixar a peteca cair.
      Se em "Homem-de-Ferro 2" tivemos um final um tanto quanto decepcionante, por conta da luta final ser curta e sem muito dinamismo, aqui temos um terceiro ato empolgante, com uma batalha explosiva que destrói meia Nova York.
      Por que não dei cinco estrelas? Apesar de ser um filme excelente, com todos os requisitos para uma aventura nota dez, "Os Vingadores" não chega à profundidade dos melhores do gênero de super-heróis, como os "X-Men", os filmes do "Batman" do Christopher Nolan ou as duas primeiras aventuras do "Homem-Aranha".
      Mas isso não tira o mérito de "Os Vingadores", um filme extremamente divertido e merecedor da maior bilheteria de 2012.

Opinião: "Temos Vagas"


Avaliação:
Título original: Vacancy
Gênero: Terror, suspense
Ano de lançamento: 2007
Direção: Nimród Antal
Elenco: Kate Backinsale
            Luke Wilson
            Frank Whaley

      Não se engane pelo trailer. Temos Vagas promete algo que nunca cumpre: bons sustos e uma história razoável. No filme, David (Luke Wilson) e Amy (Kate Backinsale) voltam de uma festa por uma rodovia praticamente deserta, depois de o homem ter decidido pegar um "atalho". Após um problema no carro, eles param em um posto de gasolina abandonado (POR QUÊ???) e encontram um "mecânico" disposto a ajudar sem cobrar nada em troca. Após apenas alguns metros, o carro pifa de vez e eles se vêem obrigados a voltar a pé ao posto, procurando o suposto mecânico, que já não estava mais lá. Sem sinal no celular, decidem, então, passar a noite num hotel sem hóspedes, que tem um gerente um tanto quanto estranho. Depois de se acomodarem no quarto "Lua de Mel", David coloca algumas fitas  no videocassete e descobre que esse hotel é mais perigoso do que eles imaginavam: pessoas foram assassinadas naqueles quartos, e filmadas por assassinos sádicos.
      Agora, vamos às questões: primeiro: por que pegar um atalho por uma estrada que você não conhece? Segundo: se você está passando por uma rodovia que não conhece, e seu carro começa a apresentar barulhos estranhos, por que você procura um posto de gasolina abandonado, à noite,  para que uma pessoa que você nunca viu mexa no seu carro sem cobrar nada? São esses absurdos que esse roteiro mínimo quer que acreditemos.
      A primeira metade do filme é até interessante. A crise do casal soa convincente, graças à atuação de Kate Beckinsale, já que seu marido na trama não consegue muito mais do que umas caretas de dor. Mas depois disso, somos brindados com aquelas cenas onde falamos: "O que você vai fazer aí, imbecil?", "Sai daí, ele vai te matar!". É o cúmulo da paciência.
      É o filme de estreia do diretor norte-americano Nimród Antal, que em seguida viria a dirigir o também fraco "Predadores". É uma direção básica, sem floreios, como um suspense qualquer.
            Apesar de possuir boas cenas de ação e ter uma certa dose de tensão, o filme não consegue segurar as pontas por seus curtos 85 minutos de duração. Quando um filme tão curto nos faz olhar para o relógio e nos perguntarmos se falta muito, é porque nosso interesse nele já morreu. Uma pena, pois o trailer é melhor que o filme. Esquecível.
 

sexta-feira, 29 de junho de 2012

Primeiros passos

   Olá, pessoal. Sou um cinéfilo de carteirinha. e há algum tempo tenho tido ideias e divagações sobre os filmes que gosto - e até os que não gosto. Até que criei coragem para dividir meus pensamentos sobre cinema criando esse blog. Então, esse será o local onde farei comentários e pequenas resenhas sobre os melhores - e piores - filmes da história do Cinema.
   Acompanhe o Cine Absoluto. Garanto que quem gosta mesmo de cinema não vai se arrepender.