quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Opinião: "Jogando com Prazer"

Avaliação:

Título original: Spread
Gênero: Comédia, romance
Ano de lançamento: 2009
Direção: David MacKenzie
Elenco: Ashton Kutcher
             Anne Heche
             Margarita Levieva

       Ashton Kutcher é reconhecido geralmente por fazer caras e bocas em seus filmes e mais recentemente na série "Two And a Half Men", a qual passou a protagonizar após a saída de Charlie Sheen. Mas em sua participação em "Jogando com Prazer", fraquíssimo filme de 2009 dirigido por David MacKenzie, ele não se esforça nem para fazer isso. O roteiro conta a história de Nikki (Kutcher), um bon vivant que leva uma vida de luxo concedendo prazer a mulheres ricas de meia-idade em troca de um lugar confortável para morar. Sua vítima da vez é Samantha (Anne Heche), uma rica e solitária advogada. Até que ele conhece Heather (Margarita Levieva), uma bela garçonete que logo se mostra jogar o mesmo jogo de sedução que ele.
      Sem tentar se esforçar em fazer algo diferente do habitual, o diretor David MacKenzie opta por uma condução segura, trilhando por caminhos já percorridos em inúmeras comédias românticas comuns. Mas o diferencial de "Jogando com Prazer" é que, ao contrário da maioria dos filmes do gênero, esse não tem uma história no mínimo envolvente ou engraçada, personagens carismáticos ou um romance plausível. A comédia inicialmente prometida é praticamente esquecida, aparecendo somente em uma cena inspirada, onde Nikki finge estar falando ao telefone quando ele subitamente toca. As cenas de sexo, incomuns para o gênero, após um certo tempo tornam-se cansativas, como se os personagens vivessem apenas para isso.
      A trama é chata, absurdamente lenta. Os 98 minutos de duração parecem uma eternidade. Após um certo período, o filme não tem mais para onde ir, principalmente após o terceiro ato. A personagem de Anne Heche, importante no início, simplesmente some. O fraco roteiro torna os personagens vazios, o que contribui para enfraquecer ainda mais as atuações. Kutcher, como já mencionado, não faz nem suas habituais gracinhas, atuando no piloto automático.
      Pode-se considerar "Jogando com Prazer" um mais um filme descartável na carreira de Ashton Kutcher, com a exceção de que esse não serviu nem para encher ainda mais seus cofres, já que teve uma fraca recepção. Se você tiver tido estômago para assistir ao longa até o final, certamente perderá o apetite após ver o que a última cena o reserva. É algo que encerra com chave de ouro (ou não) essa perda de tempo cinematográfica.



Nenhum comentário:

Postar um comentário