Avaliação:
Título original: Salt
Gênero: Ação
Ano de lançamento: 2010
Direção: Philip Noyce
Elenco: Angelina Jolie
Liev Schreiber
Chiwetel Ejiofor
Daniel Olbrynchski
Daniel Olbrynchski
"Salt" poderia até ser considerado um filme com temática atual se fosse lançado durante a década de 1980, no auge da Guerra Fria. A tensão entre russos e americanos naquela época era infinitamente maior do que a "amizade" dos dias de hoje. Mesmo conhecendo isso, o diretor Philip Noyce, talvez saudoso daqueles tempos, resolve criar em pleno século XXI um filme baseado em um assunto datado, já desgastado com inúmeras produções de temática semelhante.
O longa começa com Evelyn Salt (Angelina Jolie), agente da CIA que é prisioneira na Coreia do Norte (talvez sim um assunto atual) negando veementemente ser uma espiã americana, ambiguidade que permeará toda a trama. Algum tempo após sua libertação, Salt é convocada para interrogar um desertor russo, Orlov (Daniel Olbrychski). No meio do interrogatório, Orlov conta que a agente americana é na verdade uma espiã russa que teria a missão de matar o presidente americano. Após negar o fato, a bela agente foge da CIA e inicia uma busca pelo seu marido desaparecido e a tentativa de esclarecer a "verdade"
A direção de Philip Noyce é interessante, segurando a tensão na dúvida pela origem de Salt por boa parte da projeção. Algumas cenas de ação são boas, bem coreografadas e filmadas, mas não todas. Em alguns momentos vemos Salt pular de um caminhão para o outro sem sofrer qualquer arranhão ou até mesmo sentir dor com o impacto, isso se desconsiderarmos ainda a inércia, que a teria derrubado no primeiro salto. Há ainda certos excessos, como agentes não hesitarem em atirar em Salt mesmo vendo que ela está sobre um caminhão carregado de combustível. Temos também a câmera tremida, que impede que acompanhemos cem por cento das cenas mais movimentadas.
O roteiro, escrito por Kurt Wimmer, que também roteirizou "Esfera", "Equilibrium" e "Ultravioleta", estabelece Salt como um Schwarzenegger de saias. O exército de um homem só é substituído competentemente pelo exército de uma mulher só. A protagonista enfrenta tiros, explosões e lutas corporais sem sequer desarrumar os cabelos, demonstrando uma segurança convincente. Mas o que compromete o roteiro é mesmo a visão unidimensional que muitos americanos têm dos russos, vendo-os como boêmios bêbados e sujos. Sempre que os vemos estão com barba por fazer, consumindo bebidas e em lugares abandonados, como o navio que serve como base de Orlov, vilão que por sua vez é retratado como um líder cruel que não hesita em matar certo personagem apenas para testar a fidelidade de Salt, algo forçado demais,inverossímil.
O roteiro, escrito por Kurt Wimmer, que também roteirizou "Esfera", "Equilibrium" e "Ultravioleta", estabelece Salt como um Schwarzenegger de saias. O exército de um homem só é substituído competentemente pelo exército de uma mulher só. A protagonista enfrenta tiros, explosões e lutas corporais sem sequer desarrumar os cabelos, demonstrando uma segurança convincente. Mas o que compromete o roteiro é mesmo a visão unidimensional que muitos americanos têm dos russos, vendo-os como boêmios bêbados e sujos. Sempre que os vemos estão com barba por fazer, consumindo bebidas e em lugares abandonados, como o navio que serve como base de Orlov, vilão que por sua vez é retratado como um líder cruel que não hesita em matar certo personagem apenas para testar a fidelidade de Salt, algo forçado demais,inverossímil.
A atuação de Jolie é convincente. Sua segurança e seu carisma em cena nos induzem a acreditar que ela seria mesmo capaz de tais proezas. O resto do elenco é correto, o básico para um filme de ação, com destaque para Liev Schreiber como um agente da CIA que guarda um importante segredo. Mesmo com o roteiro um pouco datado e com alguns excessos, "Salt" diverte principalmente devido à tensão e a ambiguidade dos personagens e pela força de Angelina Jolie, que assim como Tom Cruise, faz com que certas cenas de ação pareçam fáceis de fazer.
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